domingo, 29 de abril de 2012

SOPHIA LOREN - UMA DAS ATRIZES MAIS FESTEJADAS DE TODOS OS TEMPOS, UMA DAS POUCAS ATRIZES QUE INTERPRETAM TODO TIPO DE PERSONAGEM, E SEMPRE NUM REGISTRO DIFERENTE, É COM CERTEZA A MAIS FAMOSA ATRIZ ESTRANGEIRA DE TODOS OS TEMPOS. - SEGUNDA PARTE.

1966 - Arabesque (Arabesque)
1966 - Operação Crossbow/Idem com GEORGE PEPPARD
1964 - A queda do império romano (The Fall of the Roman Empire)COM ALEC GUINESS
1965 - Lady L/Idem com PAUL NEWMAN
1976 - A travessia de Cassandra (The Cassandra Crossing)COM RICHARD HARRIS
1957 - The Pride and the Passion (Orgulho e Paixão)COM CARY GRANT E FRANK SINATRA
FILME - SOPHIA COM JEAN-PAUL BELMONDO EM DUAS MULHERES (1961)
FILME- Com Charton Reston em ''El Cid'' (19610
FILME - ''A Queda do Império Romano/The Fall of the Roman Empire"(1964)com Stephen Boyd.
FILME - Sophia Com Jean-Paul Belmondo em ''Duas Mulheres''(1961)
FILME - CHARLES CHAPLIN DIRIGE SOPHIA E MARLON BRANDO EM ''A CONDESSA DE HONG KONG (1967).
FILME - MATRIMONIO Á ITALIANA (1964)
1979 - Firepower (Poder de fogo)




FILME - TENTAÇÃO MORENA COM CARY GRANT (1958)
FILME - ORGULHO E PAIXÃO COM CARY GRANT (1957).
    SOPHIA LOREN - parte 2


-UM ROSTO INCONFUNDÍVEL, DE UMA ASSIMETRIA ESTRANHAMENTE BELA. SEM RETOQUES, NATURAL COMO SOPHIA SEMPRE FEZ QUESTÃO DE SER. EXUBERANTE, ROMÂNTICA, BATALHADORA INCANSÁVEL, ELA É UM SIMBOLO DE MULHER LATINA. 




Acaba a miséria: o OSCAR é de SOPHIA LOREN.


Enquanto isso, em Roma, De Sica está cuidando do roteiro e dos planos de trabalho de seu próximo filme, ''Duas Mulheres(La Ciociara, 1961). Inspirado numa história de Alberto Moravia, o filme conta o drama de uma mãe que, em meio ao tumulto da guerra, luta com unhas e dentes para defender a integridade da filha. De Sica desenvolve o filme em função de Sophia, e ela corresponde de maneira brilhante, recuperando instintivamente a antiga e explosiva expressão popular da ''pizzaiola'' - o caráter que se revolta contra o destino, a natureza forte, cheia de desespero e angústia.
Enfim, Sophia merece os 22 prêmios internacionais que lhe dão por esse filme. Entre outros, recebe o prêmio de MELHOR ATRIZ NO FESTIVAL DE CANNES - A  PALMA DE OURO, O PRÊMIO DOS CRÍTICOS DE NOVA YORK DE MELHOR ATRIZ ; O OSCAR DE MELHOR ATRIZ.
É a primeira vez que uma atriz italiana alcança esse reconhecimento (Anna Magnani também havia ganho um Oscar, mas por seu trabalho num filme americano). Aliás essa façanha só seria feita de novo por outro italiano em 1997, quase quatro década depois.
Sophia ainda ganhou o BAFTA Awards de Melhor Atriz Estrangeira, Melhor Atriz na Alemanha, o David di Donatello Awards de Melhor Atriz, Italian National Syndicate of Film Journalists - Melhor Atriz, Sant Jordi Awards - Melhor Atriz; entre outros.
Esse é um dos grandes filmes do mestre Vittorio de Sica, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro; foi o Top 10 da National Board of Review, USA; além de concorrer a Palma de Ouro de Melhor Filme. Na avaliação da rottentomatoes ficou com Média: 8.6/10.
Na Grande Lista dos melhores filmes de todos os tempos (melhoresfilmescom.br), ficou com 8,64 (uma lista bem rigorosa). O filme provou ser extremamente bem aceito pela crítica e foi um enorme sucesso comercial.
Com o sucesso de ''Duas Mulheres'' que tem um afinado elenco que inclui além de Sophia - Jean-Paul Belmondo, Raf Vallone, Renato Salvatori, Eleonora Brow, Puppela Maggio... Sophia é chamada a Hollywood para a super-produção de Samuel Bronston dirigida pelo grande e superestimado Anthony Mann, ao lado do astro do momento Charton Reston, o filme a obra-prima ''El Cid(Idem, 1961) que recebe três indicações ao Oscar e o Lauren Awards de Melhor Filme do Ano. O filme rendeu só na época 30 milhões de dólares (um valor altíssimo para época). O filme é um dos favoritos de Martin Scorsese , que o chamou de "um dos maiores filmes épicos já feitos". Scorsese foi uma das principais forças por trás de uma restauração em 1993 e o re-lançamento de El Cid. Sophia foi capa de várias  revistas entre elas ''VOGUE (americana)'', ''ELLE (francesa, duas vezes)''; ''HARPER'S BAZAAR (americana)''; ''LIFE (americana, duas vezes)...

Sophia com seu primeiro OSCAR.

Com Jean-Paul Belmondo em ''Duas Mulheres''


       Com Charton Reston em ''El Cid''

Comparado essas atuações,  seu desempenho nos filme seguintes  ''Madama Sans-Gêne, 1961''; Boccaccio 70(Idem, 1961)no episódio de Vittorio de Sica ''A Rifa''; ''Uma Sombra em Nossas Vidas(Five miles to midnight, 1962)de Anatole Litvak. Parece apagados, apesar de demonstrar o profundo profissionalismo da atriz. Sophia foi capa de várias revistas em 1962 entre elas ''TIME (americana), ''COSMOPOLITAN (americana),''VOGUE (americana, duas vezes)'', PARIS MATCH (Francesa)...

Ela tem palácios em Roma e Castelgandolfo 

E é exatamente esse profissionalismo que, de certo modo salva o filme seguinte da dupla De Sica/Loren, "O Condenado de Altona (I Sequestrati di Altona, 1962)". Nem o diretor, nem a atriz tem muito a ver com o texto Sartre, revisado por Abby Mann. O diretor tenta salvar-se dirigindo um trabalho refinado, mas frio e distante. Apesar do bom elenco - Fredric March, Maximilian Schell, Robert Wagner - o filme sai disciplinado e correto; embora ela tenha ganho o prêmio de Melhor Atriz e Vittorio de Sica tenha ganho o David di Donatello Awards de Melhor Diretor do Ano. Em seguida o produtor Samuel Bronston chama Sophia à Espanha para participar da superprodução Hollywoodiana "A Queda do Império Romano (The Fall of the Roman Empire, 1963)". Esse filme grandiloquente com super elenco que inclui: Stephen Boyd, Alec Guinness, James Mason, Christopher Plummer, Omar Sharif, Anthony Quayle, Mel Ferrer...Com belíssima trilha sonora indicada ao Oscar, que lhe rende 600 milhões de liras. É um dinheiro realmente necessário. Ajuda a pagar as despesas da casa principesca de Sophia em Roma - o palácio dos Colonna, de fronte à escadaria de Aracoeli - e da villa de 50 cômodos que ela construiu nas colinas de Albani, entre Marino Castelgandolfo.
A área construída da vila é cercada por 10 hectares de bosques com fontes, piscinas, pavões em liberdade, plantas exóticas, ruínas antigas, e até mesmo catacumbas cristãs. Uma das maiores virtudes de Sophia Loren é sua versatilidade. É uma das poucas atrizes que interpretam todo tipo de personagem, e sempre num registro diferente. De Sica a considera uma "atriz a toda prova". Alguns de seus melhores filmes, inclusive, são aqueles em que põe em prática essa versatilidade. Sophia foi capa de várias revistas entre elas, ''COSMOPOLITAN (americana), ''PARIS MATCH (Francesa)''... 


  Sophia Loren atua com Marlon Brando e Charles Chaplin: o trio talentoso produz um semi-fracasso

Sophia é capaz de interpretar vários papéis até no mesmo filme. É o caso de "Ontem, Hoje, Amanhã (Ieri, Oggi, Domani, 1964)", um filme de grande sucesso dirigido por De Sica com seu grande parceiro Marcello Mastroianni; que lhe rende o prêmio David di Donatello de Melhor Atriz, filme vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Essa comédia é um filme antológico feito pelo diretor italiano Vittorio de Sica . O filme é composto por três pequenas histórias sobre casais em diferentes partes da Itália. ''Adelina de Nápoles''; ''Anna de Milão'', com (Loren vestida por Christian Dior ) e ''Mara de Roma'' que conta com a famosa cena de um strip tease no clímax do filme (esta cena foi refeita em homenagem a esse filme em 1994 em ''Prêt-à-Porter, o Filme/Prêt-à-Porter'', com Loren já com 60 belos anos); Sophia ganha mais um David di Donatello Awards de Melhor Atriz; além do de Melhor Atriz na Alemanha; além do filme ganhar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1964 e o David di Donatello Awards de Melhor Filme e Ator do Ano. Melhor ainda é sua interpretação seguinte; dessa fase madura é "Matrimônio à Italiana (Matrimonio all'Italiana, 1964)". Um filme que Sophia retrata fielmente - com todo exagero italiano - uma mulher que quer se tornar uma senhora respeitável e exige que o amante, com quem vive há anos se case com ela. Esse filme de grande sucesso lhe rende uma segunda indicação ao Oscar (fato raríssimo na época para uma atriz estrangeira num filme estrangeiro, duas indicações então pouco tempo) e lhe vale os prêmios - David di Donatello de Melhor Atriz, Melhor Atriz no Festival de Moscow. Um dos momentos mais memoráveis ​​do filme é quando Domenico está no telefone com a sua nova chama, pouco depois de ter se casado com o "moribundo" Filomena. Como ele reafirma sua noiva que a morte está próxima, a Filomena de olhos arregalados e vingativo emerge das sombras atrás dele e exclama em napolitano que ela é, de fato, vivo e bem-the Madonna ter tomado pena dela. Além da indicação de melhor atriz para Loren, o filme é indicado também ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Leva o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro em 1965 é Sophia é indica também como melhor atriz no Globo de Ouro. O filme ganha o David di Donatello Awards (o Oscar italiano), de melhor filme, direção (Vittorio de Sica), ator e atriz para Loren e Mastroianni. Sophia foi capa de várias revistas em 1964, entre elas, ''LIFE (americana, duas vezes)'', ''MARIE-CLAIRE (Francesa)''...
Depois de uma rápida participação no filme "Operação Crossbow (Operation Crossbow, 1965)"; para ajudar nas bilheterias, Sophia Loren aparece, com cortesia de seu marido e produtor do filme Carlo Ponti, em uma participação especial. Apesar de obter um faturamento de chumbo, ela tem apenas um papel modesto na seqüência do hotel. Ela interpreta a esposa italiana de engenheiro Erik van Ostangen, um homem morto cuja identidade foi apropriado por Curtis, o personagem de Peppard. Ele oferece a ela um documento de viagem, mas ela é morta a manter sigilo. Peppard foi escolhido por seu papel devido a dificuldades de contrato. MGM realizou seu contrato e insistiu em um filme antes que ele ganhou a sua libertação e lançá-lo neste filme. ''Operação Crossbow'', foi um dos 13 filmes mais populares no Reino Unido em 1965.  O crítico de cinema Bosley Crowther da ''The New York Times'', que observou que o filme era uma mistura complexa de ficção e fato de que era um "melodrama grandiosamente cativante e emocionante de espionagem em tempo de guerra, feito com impressionantes toques de documentário em um apertado, tenso, linha da história heroica". A ''Variety'', teve uma avaliação semelhante, elogiando o "melodrama guerra suspense" que se gabava valores de produção ambiciosos, mas também comentou que "o que a produção Carlo Ponti carece principalmente é uma história coesa." A revisão posterior por Alun Evans reforça a visão mais comum que um "elenco estrelado adicionar à vista atraente, mas um roteiro apertado teria sido apreciado", mas mesmo assim um ótimo filme. Sophia foi capa de várias revistas em 1965, entre elas, ''HARPER'S BAZAAR (americana)'', ''MARIE-CLAIRE (Francesa, duas vezes)'', ''VOGUE (americana)''... Ela faz o filme "Lady L (Idem, 1965)" de Peter Ustinov, Sophia se transforma numa senhora madura. Passa pelo teste do envelhecimento e, mais uma vez, comprova sua versatilidade. Graças a esse trabalho, ela consegue o prêmio Alexander Korda, concedido pela indústria cinematográfica britânica. Sophia tem uma alquimia perfeita com os astros Paul Newman e David Niven. Melhor ainda é o filme seguinte ''Arabesque(Idem, 1966)'' do grande Stanley Donnen (o clássico diretor de Cantando na Chuva) com Gregory Peck, um bom filme de suspense que contou com a última colaboração de Cristian Dior para o vestuário, e ela ganha mais um prêmio de Melhor Atriz na Alemanha. Loren ainda faz o correto ''Judith(Idem, 1966) de Daniel Mann.
Em 1965, enquanto Sophia faz Lady L, na Suíça, toma forma o projeto mais ambicioso que Ponti já concebera para ela. Numa residência de Vevey, Suíça, o casal Ponti janta com Charles Chaplin. À anúncio oficial  do filme é feito numa recepção  no hotel Savoy de Londres, a 1º de novembro de 1965. Chaplin diz que a ideia surgira numa visita a Xangai, em 1933. Lá encontrou aristocratas russos exilados que, para sobreviver, exerciam funções marginais: os homens puxavam riquixás, as mulheres eram bailarinas ou prostitutas.
Em janeiro de 1967, em Londres, acontece a première mundial de A Condessa de Hong Kong(A countess from Hond Kong). É enorme a curiosidade pelo trabalho do trio Chaplin-Brando-Loren. Público e crítica tinham sido mantidos em expectativa durante todo o ano de 1966. Após a estréia, a maior parte das opiniões, contraditórias, dirige-se a trabalho de Chaplin. De qualquer forma, é uma decepção: a comédia é recebida com reservas, e os intérpretes considerados apenas corretos.
O filme foi um fracasso de crítica e arrecadou nos E.U.A., 2.000 mil dólares americanos a partir de um orçamento nos E.U.A., 3.500 mil dólares. No entanto, ele se mostrou extremamente bem-sucedido na Itália. Além disso, o sucesso da trilha sonora foi capaz de cobrir o orçamento. Críticos como Tim Hunter e Andrew Sarris , assim como o poeta John Betjeman eo diretor François Truffaut viu o filme como sendo entre os melhores trabalhos de Chaplin. Ator Jack Nicholson também é um grande fã do filme. Chaplin, apesar de descontente com a reação da crítica e do público, no final de sua vida considerou um dos seus maiores filme.
a música tema do filme, foi escrito por Chaplin, tornou-se a canção um sucesso ""This Is My Song", cantada por Petula Clark - no Reino Unido ficou em 1 lugar e nos E.U.A., ficou em 3 lugar. Charlie Chaplin faz duas breves aparições como mordomo do navio.

Sophia foi capa de várias  revistas em 1966, entre elas, ''NEWSWEEK (americana)'',  ''FOTOPLAY (Italiana)'', ''LIFE (americana, quatro vezes)'', ''LOOK (americana)'', ''WOMAN, THE (americana)'', ''JOURNAL (americana)''...


A rápida evolução do cinema atropela  a carreira de Sophia Loren nos anos 70, mais ela da volta por cima e tem uma de suas melhores interpretações.

COM OMAR SHARIF ''FELIZES PARA SEMPRE/C'Era una volta(1967)

Ainda em 1967, ''Felizes para Sempre(C'era una volta)'', de Francesco Rosi, e ''Fantasmas à Italiana(Questi fantasmi), de Renato Castellani, trazem Sophia de volta à Itália. Ambos tem Nápoles como cenário (um se passa em 1600, o outro três séculos e meio depois), e em ambos a atriz dá vida a personagens cheias de humanidade e fantasia. O primeiro principalmente faz um grande sucesso, filmado no campo, fora de Nápoles, tem direção de Francesco Rosi e produção do marido de Loren, Carlo Ponti. A música tema foi um sucesso de Roger Williams, atingindo # 2 lugar na pesquisa da Billboard. Sophia tem uma alquimia muito boa com o ator Omar Sharifi com quem já tinha trabalhado no filme ''A Queda do Império Romano''; Sophia foi eleita a Melhor Atriz na Alemanha.
Sophia foi capa de várias revistas em 1967, entre elas, a conceituada revista ''CAHIER DU CINÉMA (Francesa); ''NEWSWEEK (americana)'', ''ELLE (Francesa)'', ''PHOTOPLAY (Reino Unido)''...
Em 1968 e 1969, Sophia se dedica a ser mãe pela primeira vez, do menino Carlo Ponti Jr.; ela foi capa de várias revistas em 1968, entre elas, ''TRIBUNA ILLUSTRATA (Italiana, duas vezes)'', ''WEEKEND (Reino Unido)''...
Sophia foi capa de várias revistas em 1969, entre elas, ''GENTE (Italiana, sete vezes)'', ''GOOD HOUSEKEEPING (americana)'', ''PARIS MATCH (Francesa, duas vezes)''...

Mais sucesso faz mesmo ''Os Girássois da Rússia (I girasoli, 1970), seu primeiro filme nos anos 70, o maior sucesso de público do trio De Sica-Loren-Mastroianni, que deu o prêmio David Di Donatelo de Melhor Atriz para Loren, o filme conta com uma das mais belas e tristes trilha sonora do cinema, do grande Henry Mancini, indicada ao Oscar de trilha sonora.  Foi o primeiro ocidental filme a ser filmado na URSS. É considerado uma quebra do estilo clássico do Neorrealismo Italiano de De Sica, com um cinema mais intimista e um tanto comercial. Sophia Loren, que proporciona mais uma performance complexa e surpreendente. Sophia foi capa de várias revistas em 1970, entre elas, VOGUE (americana) ''GENTE (Italiana, quatro vezes), ''NEUE POST (alemã)...
OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA (1970)

Na década de 70, o cinema muda bastante. abre novas perspectivas, assimila os protestos dos jovens, e as inquietações dos marginalizados, modifica também sua linguagem, aproveitando os ensinamentos da vanguarda, a revolução sexual, tudo isso, enfim, leva a uma renovação de quadros - diretores e atores - e de estratégias financeiras e comerciais. Carlo Ponti, porém, não apercebe dessa nova renovação total que afeta o futuro do cinema. Continua planejando para Sophia produções que mais parecem renovações de velhos projetos arquivados. "A Mulher do Padre (La Moglie del Prete, 1970)", "Mortadela/La Mortadella, 1971'', "O Pecado/Bianco, Rosso e ...'', 1971, "O Homem de la Mancha/Man of la Mancha, 1972, "A Sentença (Verdict, 1974)", são filmes bem feitos, mas que não acrescentam muito sucesso à carreira dela.
Sobre o filme "Mortadela'' (O ''New York Times'', detonou com o filme, não sobrando pra ninguém as criticas negativas, apesar do bom elenco, que inclui - Susan Sarandon; David Doyle; William Devane; Edward Herrmann; Danny DeVito, na sua estréia no cinema" Embora o filme possa ser em alguns momentos subliminar, deixa claro em pequenos detalhes do quanto e falsa a nação e a democracia dos USA.
E notório o estado de miséria de um repórter que se lança defensor dos direitos da protagonista.
O filme destrói o mito de se "fazer a America" mostrando o lado miserável do cotidiano e dos valores humanos dos americanos que são excluídos dos meios econômicos ligados ao grande capital.
Um filme humanista, que exige uma visão perspicaz de quem o vê; direção do grande Mario Monicelli); "O Pecado/Bianco, Rosso e ...'', 1971(é um filme italiano de comédia dirigido por Alberto Lattuada. O filme foi um sucesso comercial, apesar de mediano.), Sophia foi capa de várias revistas em 1971, entre elas, ''JOURNAL (americana)''; ''TITBITS (Reino Unido, duas vezes)''; ''¡HOLA! (Espanhola, duas vezes)''...
"O Homem de la Mancha/Man of la Mancha, 1972"( é uma adaptação cinematográfica da Broadway o musical O Homem de La Mancha por Dale Wasserman, com música de Mitch Leigh e letra de Joe Darion . O musical foi sugerido pelo clássico romance Dom Quixote de Miguel de Cervantes. O filme foi produzido e dirigido por  pela mão pesada do diretor Arthur Hiller, e estrelado por Peter O'Toole tanto como Miguel de Cervantes e Dom Quixote, James Coco tanto como Cervantes e Dom Quixote Manservant de "escudeiro" Sancho Pança , e Sophia Loren como copeira e prostituta Aldonza, a quem o delirante Don Quixote idolatra como Dulcinea. Gillian Lynne , que mais tarde coreografou   o musical de  sucesso Cats, encenou a coreografia para o filme (incluindo as cenas de luta).
Gino Conforti, como o barbeiro, é o único membro do elenco musical original da Broadway para repetir seu papel para o filme.
O filme detém atualmente uma avaliação favorável de 50% dos críticos e uma classificação favorável de 81% das audiências no site Rotten Tomatoes .
O fato de que o filme tinha passado por vários diretores e roteiristas, e que Peter O'Toole e Sophia Loren, que não eram cantores, substituiu Richard Kiley e Joan Diener nos papéis principais, pode ter influenciado as reações dos críticos ao filme na época, embora tenha sido comprovado pelo sucesso de filmes como ''....E o Vento Levou'', ''O Mágico de Oz'' e ''Laura'' que uma mudança na administração ou atores não precisa afetar a resposta a um filme de forma negativa. Mas o filme poderia ser menos longo, as fotos de Sophia sabiamente descabelada e com a roupa rasgada fizeram, mais sucesso que o filme).
Sophia foi capa de várias revistas em 1972, entre elas, ''VOGUE (AMERICANA);  ''JOURNAL (americana)''; ''PARIS MATCH (Francesa) ''; ''¡HOLA! (Espanhola)''...
Em 1973, ela teve seu segundo filho Edoardo Ponti; Sophia foi capa de várias capas de revista em 1973, entre elas,  ''ANNABELLA (Italiana)''; ''JOURNAL (americana)''; ''McCALL'S  (americana)''; ''WOMEN'S WEEKLY  (americana)''...
 Em 1974, mais um baque a morte do grande amigo e mentor o grande diretor Vittorio de Sica - mais antes no mesmo ano eles fazem juntos o último filme dirigido por ele ''Viagem Proibida(Il Viaggio, 1974), baseado em Luigi Pirandelo estrelado por Sophia e Richard Burton (sempre às voltas com problemas de saúde e alcoolismo, mas dono de um carisma difícil de igualar), o filme possui um sentido de observação muito interessante dos aspectos mais conservadores da sociedade italiana, as paisagens da Sicília são tocantes, o filme pode não ser uma obra-prima, os últimos anos de De Sica foram menos inspiradores que seu período neorrealista, acabou se envolvendo com um cinema mais comercial, começou uma parceria com o mega produtor Carlo Ponti, marido de Sophia, que impunha ela em papéis as vezes pouco adequados, em Viagem Proibida, por exemplo, aos  44 anos, linda, é verdade, interpreta uma ingênua rapariga em flor, mas o carisma e o talento dela passa-se por cima de muita coisa, uma bela e singela despedida de De Sica e o trabalho de Sophia lhe valeu os prêmios - o de Melhor Atriz no Festival de San Sebastián; O Prêmio David Di Donatello de Melhor Atriz. 
Sua estréia na TV, não é das melhores, novamente com Richard Burton em ''Ligações Proibidas(Brief Encounter, 1975-FTV) é desastroso, um critico chegou a dizer que Loren e Burton dois grandes nomes do cinema, não deveriam estar naquela bomba. 
Sophia foi capa de várias revistas em 1974, entre elas; ''GENTE (Italiana)''; ''¡HOLA! (Espanhola)''; ''TV GUIDE (americana, duas vezes); ''TÉLÉ 7 JOURS (France)''... 
O filme para o cinema ''A Garota do Gângster(La Pupa del Gangster, 1975) ao lado do grande parceiro Marcello Mastroianni e ''Ângela(Idem, 1976)  são regulares e são mal recebidos por público e crítica. ''Ângela de Boris Sagal, onde Sophia faz uma Jocasta da Mitologia grega numa versão atual, história do filme - Muitos anos após seu seqüestro, Jean Labrecque (Steve Railsback) tem um relacionamento com uma mulher mais velha, Angela (Sophia Loren)-que acaba por ser sua mãe biológica. Angela passou anos à procura de seu filho, e agora ele é seu amante; o filme conta com um elenco afiado além de Sophia - Steve Railsback, John Huston, John Vernon...
Sophia foi capa de várias revistas em 1975, entre elas; ''McCALL'S  (americana)''; OFFICIEL DE LA MODE, L' (Francesa)''; ''TÉLÉ 7 JOURS (France)''....
A TRAVESSIA DE CASSANDRA COM MARTIN SHEEN (1976).

Mais a volta por cima começa com um grande sucesso de bilheteria ''A Travessia de Cassandra/Cassandra Crossing, 1976) que o produtor Carlo Ponti produz com um grande elenco além de Sophia, inclui Richard Harris (papel recusado por Steve McQueen e Peter O'Toole, ironicamente Harris foi o mais elogiado do grande elenco), Burt Lancaster, Ava Gardner, Martin Sheen, Lionel Stander, Alida Valli, Ingrid Thulin, Lee Stranberg, John Phillip Law, O. J. Simpson..., com o apoio do magnata da mídia europeia Sir Lew Grade (o chefe da rede de transmissão britânica ATV) e o produtor de cinema italiano Carlo Ponti e um filme exemplar do cinema catástrofe tão normal naquela época, o filme foi bem de bilheteria, principalmente no Japão.
Sophia foi capa de várias revistas em 1976, entre elas; ''JOURNAL (americana)''; ''PEOPLE (americana)''; ''WOMAN'S DAY (Australiana)''...
Mais a grande virada vem no ano seguinte com o grande filme ''Um Dia Muito Especial/Una giornata particolare" de 1977, tão voláteis como deuses do fracasso, são os deuses do sucesso, e uma atriz profissional realmente não deveria chorar por um filme fracassado. Sophia diz isso porque chorou ao ouvir as canções que ela e Peter O'Toole cantam em "O Homem dela Mancha". Mas - acrescenta - eu não sou uma profissional. Eu sou uma amadora, e sempre serei, e quando sofro, eu choro. Paradoxalmente, um dos melhores filmes de Sophia data desse período: é "Um dia Muito Especial '', dirigido por Ettore Scola. A amarga história de dois personagens sofridos - uma mãe de família oprimida e um locutor de rádio homossexual, vivido por Sophia e Mastroianni - tem como pano de fundo uma Roma animada pelas manifestações fascistas de boas-vindas a Hitler. Ao lado do parceiro predileto, a atriz recupera o encanto, o instinto e a sabedoria popular. Nossos impulsos - diz Sophia - estão na mesma Frequência. Nós nos entendemos primeiro em Pompéia no ano 10, quando ele era um carroceiro e eu vendia estatuetas. Limitado às paredes miseráveis de uma casa humilde temporariamente abandonada por seus moradores, o filme deve sua energia à inteligência e à maturidade de Sophia. A famosa e temida crítica americana Pauline Kael  fala sobre a atuação de Sophia Loren nesse fime - Pauline Kael fala da beleza de Sophia: “Sophia Loren, sem cosméticos visíveis, usa um vestido caseiro desmazelado. Mas tendo como produtor o marido Carlo Ponti e Pasqualino de Santis como o cameraman iluminador, quem precisa de maquilagem e roupas bonitas? Ela nunca esteve mais deslumbrante ou deu uma interpretação tipo grande dama com tão completo domínio. Este filme é perfeitamente dosado para sua pontinha de coragem: grandes astros interpretando papéis não característicos.” O filme que para muitos se trata do melhor papel de Sophia, lhe vale os prêmios de Melhor Atriz do Italian National Syndicate of Film Journalists; o Golden Globes - Italy de Melhor Atriz; o David Di Donatello de Melhor Atriz. Essa pequena obra-prima ganha o Globo de Ouro Americano de Melhor Filme Estrangeiro; o César Awards de  de Melhor Filme Estrangeiro na França; Golden Globes, Italy de Melhor Filme do Ano; além de ser indicado ao Oscar de Melhor Ator e Filme Estrangeiro, a grande surpresa foi a não indicação de Sophia como melhor atriz, já que sua atuação sem dúvida foi a melhor daquele ano.
Sophia foi capa de várias revistas em 1977, entre elas; ''BUNTE (alemã, três vezes)'', ''JOURS DE FRANCE (Francesa)''; ''McCALL'S  (americana)''; ''PARIS MATCH (Francesa)''; ''PHOTOPLAY (americana)''; ''WOMAN'S DAY (Australiana)''; ''TÉLÉ 7 JOURS (France)''...
                                  UM DIA MUITO ESPECIAL COM MASTROAINNI (1977).

Depois Sophia trabalha pela primeira vez com a diretora Lina Wertmuller no  filme ''Amor e Ciúme(Fatto di sangue fra due uomini/shimmy, lugano, belle tarantelle e tarallucci e vino, 1978)'' (uma curiosidade, Sophia foi a primeira atriz a ganhar um Oscar de atriz por um filme estrangeiro e Lina foi a primeira mulher indicada ao Oscar de direção, por coincidência ambas italianas), Sophia trabalha de novo com seu grande parceiro Marcello Mastroianni e pela primeira vez com outro famoso ator italiano Giancarlo Giannini, num filme belo e tocante que merece ser revisto com mais atenção, onde Sophia tem uma interpretação perfeita e bem diferente até então, destaque ainda para a excepcional fotografia do veterano Tonino Delli Colli.
Depois ela volta para Hollywood para fazer ''O Alvo de Quatro Estrelas(Brass Target, 1978) que se só se salva pelo grande elenco - Sophia Loren, John Cassavetes, George Kenneddy, Max Von Sydow, Robert Vaughn, Edward Herrmann, Bruce Davison, Brad Harris, Patrick McGoohan...
Sophia foi capa de várias revistas em 1978, entre elas; ''BUNTE (alemã, três vezes)'', ''LOS ANGELES (americana)''; ''TÉLÉ 7 JOURS (France)''...
No ano seguinte ela vai a Londres para filmar o bom filme policial ''Poder de Fogo(Firepower, 1979) com um excelente elenco que inclui além de Sophia - James Coburn (em papel feito para Charles Bronson), Eli Wallach, Anthony Franciosa, O. J. Simpson, Vicent Gardenia, Jake LaMotta, Victor Mature...com excelente trilha sonora do veterano Gato Barbieri.
Sophia foi capa de várias revistas em 1979, entre elas; ''GOOD HOUSEKEEPING (americana)''; ''McCALL'S  (americana)''; ''PARIS MATCH (Francesa, duas vezes)''; ''PHOTOPLAY (Reino Unido)''; ''OFFICIEL HOMME, L' (France)''...
                                                               PODER DE FOGO (1979).






COM MICHAEL JACKSON