sábado, 30 de maio de 2015

GAL COSTA NOVO CD 2015 - ESTRATOSFÉRICA.

foto: Bob Wolfenson
  1. Depois de quatro anos do sucesso inflamado de seu álbum ''Recanto'' de 2011( que também gerou o estupendo ''Recanto Gal Ao Vivo'' de 2013, e ainda o lançamento do genial ''Gilberto Gil & Gal Costa - Live in London '71'' de 2014), Gal Costa  está com novo CD ''Estratosférica'', junto de Moreno Veloso e Kassin (na produção) e de Marcus Preto (na direção artística). O CD mescla composições de jovens como Arthur Nogueira, Lira, Jonas Sá, Mallu Magalhães, Céu, Thalma de Freitas, os irmãos Moreno e Zeca Veloso, com as de veteranos como Tom Zé, João Donato, Caetano Veloso (companheiro de sempre), Milton Nascimento, Antonio Cícero; além de Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Criolo,  os irmãos Marcelo Camelo e Thiago Camelo...

1 - Sem Medo, Nem Esperança (Arthur Nogueira e Antônio Cícero)

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,gal-costa-lanca-o-disco-estratosferica,1688591
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A alta qualidade do repertório é perfeita em ''Estratosférica''. Começa com pequena obra-prima ''Sem Medo Nem Esperança'', nos versos de Antonio Cicero para a música de Arthur Nogueira, Gal arrepia, bem rock n' roll. A música com guitarras pesadas e clima que remete aos primeiros discos da cantora é forte, coerente com a história da cantora.

2 - Jabitacá (Bactéria, Junio Barreto e Lira)

A música psicodélica vem com a lírica, ''Jabitaca''.

3 - Estratosférica (Junio Barreto, Pupillo e Céu)

A voz ainda cristalina de Gal, vem na swingada, faixa título ''Estratosférica''.

4 - Ecstasy (João Donato e Thalma de Freitas)

A levada ''donatiana'' de ''Ecstasy'', feita por Thalma de Freitas a partir de harmonia de João Donato.

5 - Dez Anjos (Criolo e Milton Nascimento)

Uma balada especial vem com a tocante e densa ''Dez Anjos''.

6 - Espelho D'água (Marcelo Camelo e Thiago Camelo)

A amorosa canção ''Espelho d’água'' é uma delicia.

7 - Quando você olha pra ela (Mallu Magalhães)

A jorgebeniana ''Quando Você Olha para Ela'' (Mallu Magalhães) é um samba com sintetizador.

8 - Por Baixo (Tom Zé)

''Por baixo'', é bem libidinosa, com aqueles sons ásperos que Gal faz com a boca, emulando o arranjo eletrônico, Gal foi a primeira a ter um sucesso de Tom Zé nas paradas em 1969, na deliciosa ''Namorinho de Portão'' que também voltou a ser sucesso com a banda teen Penélope em 2000; além ter gravado no antológico disco Tropicália, a surreal ''Parque Industrial'' ao lado de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Os Mutantes, além do próprio  Tom Zé.

9 - Casca (Alberto Continentino e Jonas Sá)

Um rock meio regionalista com pitadas tropicalista de muita criatividade ''Casca''.

10 - Muita Sorte (Lincoln Olivetti e Rogê)

Temos a dançante ''Muita Sorte''.

11 - Amor, Se Acalme (Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Cezar Mendes)

A mais curta das canções. E a mais suave também, quase infantil.

12 - Anuviar (Moreno Veloso e Domenico Lancelotti)

Outra música forte em tom de balada com tom de blues, cheias de pausas em tons crescente, também lembra um pouco os discos de "Gal" se 1969 e "Legal" de 1970.

13 - Você Me Deu

Talvez a única música mais calma do Cd, primeira parceira de Caetano com o filho do meio, Zeca.

Ainda tem um bônus com ''Ilusão à Toa'' de Johnny Alf. O CD ainda tem mais duas extras no iTunes (“Vou buscar você pra mim”, de Guilherme Arantes, e “Átimo de som”, de Zé Miguel Wisnik e Arnaldo Antunes).


Os outros disco de Gal Costa.
1965 - Estréia em Compacto.

1° - 1967 - Domingo com Caetano Velsoso

2° - 1968 - Tropicália ou Panis et Circencis 

3° - 1969 - Trilha Sonora do Filme Brasil ANO 2000 com Gilberto Gil
4° - 1969 - GAL COSTA
5° - 1969 - GAL
6° - Le-Gal - 1970
7° Gal Fa-Tal a Todo Vapor Ao Vivo - 1971
8° - Gal Índia - 1973
9° - GAL TEMPORADA DE VERÃO AO VIVO NA BAHIA COM GILBERTO GIL & CAETANO VELOSO - 1974
10° - GAL CANTAR - 1974
11° - DOCES BÁRBROS AO VIVO - 1976
12° - GAL CANTA CAYMMI - 1976
13° - GAL CARAS E BOCAS - 1977
14° - GAL ÁGUA VIVA - 1978
15° - GAL TROPICAL - 1979
16° - GAL AQUARELA DO BRASIL - 1980
17° - GAL FANTASIA - 1981
18° -  GAL MINHA VOZ, MINHA VIDA
19° - BABY GAL - 1983
20° - GAL COSTA & TOM JOBIM TRILHA SONORA DO FILME GABRIELA - 1983 
21° - GAL PROFANA - 1984
22° - GAL BEM BOM - 1985
23° - GAL LUA DE MEL COMO O DIABO GOSTA - 1987
24° - GAL PLURAL - 1990
25° - GAL - 1992
26° - GAL & TOM RIO REVISITED LIVE - 1992

27° - GAL O SORRISO DO GATO DE ALICE - 1993
28° - GAL MINA D'ÁGUA DO MEU CANTO - 1995 
29° - GAL COSTA E CAETANO VELOSO - TRILHA SONORA DO FILME ''TIETA'' - 1996
30° - ACÚSTICO ''GAL COSTA'' MTV - 1997
31° - GAL AQUELE FREVO AXÉ - 1998 
32° - GAL COSTA CANTA TOM JOBIM AO VIVO - 1999 
33° - GAL DE TANTOS AMORES - 2001
34° - GAL BOSSA TROPICAL - 2002
35° - TODAS AS COISAS E EU GAL COSTA - 2003 
36° - GAL COSTA HOJE - 2005
 37° - GAL COSTA AO VIVO -2006
38° - GAL LIVE AT THE BLUE NOTE - 2006
39° - RECANTO GAL - 2011
40° - RECANTO GAL AO VIVO - 2013
41° - GAL E GIL LIVE IN LONDO 71' - 2014
42° - ESTRATOSFÉRICA - 2015

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Programa “Divino Maravilhoso”





  1. ''Divino Maravilhoso” tornou-se o nome de um programa semanal de televisão da extinta Tupi, dirigido por Fernando Faro e Antonio Abujamra e o grande novelista Cassiano Gabus Mendes, diretor da estação, trabalhando no corte de imagens. Apresentado por Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil, o programa foi ao ar de outubro a dezembro de 1968. Um programa totalmente anárquico, com cenas antológicas de Caetano Veloso preso em uma jaula comendo bananas ou plantando bananeira; além de um dos episódios, em meio a um improviso em que todos entram, Caetano grita a palavra de ordem, “Acabar com o velho!” e dá um viva a Rogério Duprat, que está sentado na platéia e ainda conta com uma Gal Costa sensual e meio rock n'roll. “Divino Maravilhoso” apresentou nomes de cantores então debutantes no cenário brasileiro, como Jorge Ben, Jards Macalé e ainda contou com participações de Nara Leão e dos grupos Os Mutantes, Beat Boys  e Os Bichos, entre outros.

No dia 13 de dezembro, o governo militar decretou o Ato Institucional 5 (AI-5), que dava direito a dissolver o congresso, prender sem hábeas corpus, cassar mandatos e impor a censura, entre outras tragédias. Com o AI-5 a ditadura endureceu ainda mais. Na antevéspera do natal “Divino Maravilhoso” foi ao ar pela última vez, mostrando um provocante Caetano Veloso a cantar “Noite Feliz” com uma arma apontada na cabeça. A apresentação irritou aos militares e à família conservadora que sustentava o regime militar, após tirar o programa do ar, a polícia repressiva do governo prendeu, no dia 27 de dezembro, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Os cantores só seriam libertados na quarta-feira de cinzas de 1969, quando são escoltados pela polícia até Salvador, de onde partem para o exílio em Londres. Termina o programa e o próprio tropicalismo.
Para não comprometer os apresentadores, as fitas do programa são totalmente destruídas por seus diretores, ficando apenas registrado na memória de quem o assistiu na época, e muitas fotos. “Divino Maravilhoso” era uma resposta aos bem comportados programas da TV Excelsior: “O Fino da Bossa”, comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues, que foi ao ar de 1965 a 1967, e “Jovem Guarda”, comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, de 1965 a 1969. Com “Divino Maravilhoso” o Brasil assistiu à ascensão e à queda do mais forte movimento musical desde a Bossa Nova o ''Tropicalismo''.